Fiquei pasmada, mas não me senti uma intrusa. O Chelsea era o meu lar e El Quixote era o meu bar. Não havia seguranças, nem mesmo sensação alguma de privilégio. Estavam todos ali para o festival de Woodstock, mas eu andava tão absorta naquela vida de hotel que nem me dera conta do festival ou de seu significado.
Grace Slick se levantou e esbarrou em mim ao passar. Estava com um vestido tie-dye que ia até o chão e tinha olhos azul escuros como os de Liz Taylor.
“Olá”, falei, reparando que eu era mais alta.
“Olá, você aí”, ela disse.
Quando voltei para o quarto, tive uma inexplicável sensação de afinidade com aquelas pessoas, embora eu não tivesse como interpretar essa sensação premonitória. Jamais poderia prever que um dia entraria no caminho delas. Naquele momento ainda era uma desengonçada vendedora de livros de 22 anos, lutando para terminar uma série de poemas inacabados.
Naquela noite, excitada demais para dormir, um infinito de possibilidades pareceu rodopiar sobre mim. Fiquei olhando para o teto de gesso como fazia quando era criança. Foi como se os padrões vibracionais acima de mim mudassem de lugar até se encaixarem todos.
A mandala da minha vida.”

Patti Smith. Só Garotos.

 

O café estava vazio, mas o cozinheiro estava desparafusando o assento da minha cadeira. Levei meu livro para o banheiro e fiquei lendo enquanto ele terminava. Quando saí, o cozinheiro não estava mais lá, mas uma mulher estava pronta para ocupar meu lugar.
– Desculpe, essa é a minha mesa.
– Está reservada?
– Bem, não, mas é a minha mesa.
– Você está mesmo sentada aqui? Porque não tem nada seu na mesa e você está de casaco.

Fiquei ali parada sem dizer nada. Se isso fosse um episódio de Midsomer Murders, com certeza ela apareceria estrangulada num barranco atrás de uma paróquia abandonada. Dei de ombros e fui sentar em outra mesa, na esperança de que saísse logo. A mulher falava alto, pediu ovos Benedict e café gelado com leite desnatado, sem sequer consultar o cardápio.
Ela vai sair, pensei. Mas a mulher não saía. Ela largou sua bolsa gigante e vermelha de pele de lagarto na minha mesa e fez inúmeras ligações pelo celular. Não havia como escapar de suas odiosas conversas, obcecadas em seguir o número de uma encomenda extraviada pela FedEx. Sentei e fiquei olhando a pesada caneca de café com creme. Se fosse um episódio de Luther, ela seria encontrada de cara na neve com os objetos de sua bolsa em torno dela: um halo corporal como o de Nossa Senhora de Guadalupe.
– Que pensamentos mais sombrios por causa de uma mesa de canto.- Meu Grilo Falante interno se manifestando.
– Ah, tudo bem – falei. – Que as pequenas coisas do mundo a encham de alegria.
– Muito bem, muito bem – disse o Grilo.
– E que ela compre um bilhete de loteria com o número vencedor.
– Desnecessário, mas tudo bem.
– E que encomende mil bolsas iguais, uma mais esplêndida que a outra, entregues via FedEx, e que ela fique presa dentro de um almoxarifado, sem comida, sem água e sem celular.
– Eu vou embora – disse minha consciência.
– Eu também – concordei, e fui para a rua.

Patti Smith. Linha M.

 

Pronto, se ajeitem na cadeira, deem o play no álbum Horses, de Patti Smith. Esse é considerado pela Rolling Stone como um dos mais importantes álbuns de estréia de todos os tempos. Horses é todo bom. A primeira frase, as primeiríssimas palavras pronunciadas são arrebatadoras (com o perdão do trocadilho): “Jesus died for somebody’s sins, but not mine.”

Agora, continue ouvindo esse disco enquanto prossegue na leitura deste artigo.

Que mulher maravilhosa! Eu já estava por dentro do que Patti Smith representa para o rock mundial, para as mulheres no mundo da música, para as artes em geral… mas ainda não tinha chegado na prosa.

Aí em 2020, mais ou menos, fui dar uma volta num sebo muito conhecido aqui em Brasília, chamado Sebinho, e entre os garimpos do dia achei uma edição da TAG/Companhia das Letras de “Só Garotos”. Comprei, coloquei ele bem lindinho na estante e só agora em agosto de 2023 é que peguei para ler.

Fui tragada pela escrita, personalidade, pela vida e convicções dessa mulher. E é lindo que ela esteja aí viva e produtiva. Estou seca para ler O Ano do Macaco, tipo fissura mesmo.

Em quatro dias terminei Só Garotos (2010). Sabe quando a gente termina um livro muito bom, daqueles que mexem com nossa alma e aparece um buraco dentro da gente? Foi assim.

Nem me dei tempo de sofrer pelo término de Só Garotos. Saí e comprei Linha M (2015) e Devoção (2017). Devorados um em três dias e o outro em três horas.

Por tanto, para falar da minha autora favorita no momento e talvez para sempre, essa será uma resenha tripla. Aliás, uma coisa reconfortante durante a leitura das obras foi descobrir que ela também tem períodos de obsessão literária (Murakami, Bulgakov, Bolaños…).

Fico imensamente feliz que ela vá fechar ou pausar, sei lá, um ciclo na minha curta vida de resenhadora amadora. A partir de hoje manterei o Instagram, mas vou dar um tempo, sem previsão nenhuma, aqui do blog. Preciso de tempo para me dedicar a outras coisas e, apesar de amar escrever sobre livros, tenho que tirar umas coisinhas do cardápio das tarefas. Medida preventiva anti-surto.

Só garotos foi uma promessa de leito de morte feita por Patti a Robert Mapplethorpe. Ela não encarou essa promessa como uma tarefa pesada e sofrida. Isso fica evidente ao longo do livro.

Os garotos a que o título se refere são ela própria, Patti Smith, e Robert Mapplethorpe, fotógrafo renomadíssimo com quem Patti teve um relacionamento lindo e de 1970 a 1989, que começa quando eles não eram ninguém na fila do pão até o reconhecimento público. Um dia, sentados em um parque em Nova York ouviram um casal de turistas conversando. Ela dizia algo como: vamos tirar fotos com eles. Eles parecem artistas. E o marido respondia: Eles são só garotos.Mine, Robert Mapplethorpe & Patti Smith, New York - Holden Luntz Gallery

Patti mudou-se aos 19 anos para Nova York saindo da cidade onde moravam os pais em Nova Jersey para se tornar artista. Praticamente com uma mão na frente e a outra atrás. Lá foi dando duro, morando na rua, passando fome, aí conseguiu emprego em uma livraria até que recebeu uma proposta indecorosa de um cliente em uma situação de completo desamparo e foi salva por Robert.

A partir daí eles iniciaram um caso amoroso e passaram a viver juntos. Trabalhando em livrarias de dia e produzindo arte a noite. Quando falo produzindo arte, quero dizer que era bem eclético mesmo. Ele ainda não tinha tentado a fotografia e ela já escrevia poesia, embora nem sonhasse com a música. eles faziam desenhos, instalações, colares, etc.

Foi durante esses 19 anos de intensa convivência que Patti e Robert viveram como um casal, colegas de quarto, amigos com benefícios, amigos de alma morando cada um com seu cônjuge. Ela lançou os álbuns Horses, Radio Ethiopia, Easter, Wave. Se casou, deu um tempo na carreira para se dedicar aos filhos pequenos, interrompeu essa pausa para lançar Dream of Life (álbum que não veio acompanhado de turnê) cuja capa foi a última com fotografia assinada por Robert Mapplethorpe, que a essa altura também já era um sucesso da fotografia. Foi mais ou menos um ano depois do lançamento de Dream of Life que o amigo de alma faleceu.

Wave (Patti Smith Group album) - Wikipedia

Wave

Robert também é responsável pelas fotos das capas dos álbuns Horses e Wave.

Passaram por situações de pobreza e insalubridade e fizeram descobertas sobre si próprios, sobre a vida de artista em Nova York nos anos 70. Foi nesse tempo que Robert Mapplethorpe se entendeu como homossexual e isso não teve influência só em sua vida pessoal como também na profissional, visto que a fotografia do bem sucedido Robert refletia sua orientação sexual. Vale muito a pena dar um google e pesquisar a obra dele.

Uma pausa para comentar que Nova York era outro universo bem diferente do que a cidade é hoje em termos de violência, preços de aluguéis e tals. Não fossem outros tempos, como esses dois “pé rapados” poderiam ter vivido em Manhattan?

O endereço mais interessante deles foi o Hotel Chelsea, que era onde moravam muitos artistas, inclusive uma das formas de pagamento da mensalidade poderia ser em peças de arte, desde que o dono do hotel tivesse interesse no que o inquilino fosse capaz de confeccionar. Uma das tristezas de Robert inclusive foi o desinteresse do proprietário do Chelsea no trabalho tanto dele quanto de Patti na primeira vez que os viu. Tem um filme disponível no Youtube sobre os moradores do Chelsea naquela época.

Aí tem tanta coisa interessante que nem vou enumerar todas até porque é uma delícia descobrir enquanto mergulha na escrita linda da Patti Smith. Vou falar só mais uma que foi o modo como ela via o reinado de Andy Warhol e a Factory, estúdio de arte do Mr. Warhol, naquela década. Ele já estava mais recluso, tinha sofrido o atentado que não o matou por sorte, mas ainda era o cara que dizia o que prestava e o que não prestava em termos de produção artística. Warhol tinha súditos e um séquito. Ser bem-vindo ao lado dele significava que tinha chegado a sua vez de brilhar.

Esse livro me deu uma outra perspectiva sobre a célebre frase da música New York, New York, de Frank Sinatra: “If I can make it there, I’ll make it anywhere. It’s up to you. New York, New Yoooooooork”. Foi só agora com Só Garotos, que me caiu a ficha de que um artista só precisa convencer a cidade de NYC de seu talento e estará automaticamente famoso no mundo todo (eu sei, eu sei… que pessoa lenta fui eu nessa interpretação…). Foi exatamente assim com Patti, Robert, o Velvet Underground e, provavelmente, com o próprio Andy Warhol.*

Trabalho duro foi o que esses dois fizeram para chegar onde chegaram.

Quando Robert faleceu de Aids em 1989, Patty já estava casada com Fred ‘Sonic’ Smith e eles já tinham um filho e uma filha. O esposo de Robert, Sam, que foi também seu mecenas, faleceu no mesmo ano, poucos meses antes da mesma causa.

Uma coisa sobre Patti Smith que queria comentar é que a relação dela com as drogas era muito diferente do que eu esperava ler. Não é que ela não tenha usado nada, mas era praticamente nada em comparação aos que a cercavam. O negócio dela não era esse, era café. Sim, café sem aditivos.

O trem de Patti Smith - Blog do IMS

A mesa e a dona da mesa no Café ‘Ino

E sobre o café, vamos falar melhor dessa substância agora quando passamos a comentar o livro Linha M.

Corta do fim de Só Garotos, mais ou menos em 1989, para Linha M, que começa em alguma parte da década de 2010. São textos curtos, em que a autora narra as seu cotidiano. O livro começa bem depois do falecimento de seu marido Fred Smith, os filhos já cresceram e saíram de casa para viver suas vidas e ela mora em um apartamento em Nova York com sua gata Cairo.

Todos os dias ela sai, pega a linha M do metrô e vai ao Café ‘Ino. Nesse café tem uma mesa com uma única cadeira, que fica bem no cantinho (a capa do livro é uma fotografia de Patti sentada nessa exata mesa pela última vez antes de o café fechar definitivamente).

Ali ela saca seu caderno e escreve enquanto toma xícaras e mais xícaras de café acompanhadas de torrada de pão integral com azeite.

Essa rotina é interrompida com frequência por viagens à trabalho ou lazer, que Patti faz para vários países. Sempre procurando uma cafeteria por onde passa. Ela diz em um ponto do livro que consegue tomar até 14 xícaras de café por dia sem prejudicar as noites de sono. Eu, se tomar três xícaras, já era. Vou fritar na cama até altas horas. Eu amo café, mas cafeinado depois das 14h então… nem me atrevo.

Mesmo quando as viagens são por motivo de lazer, ela sempre dá um jeito de resolver alguma coisa profissional, como conversar com seus editores e tradutores internacionais, marcar uma leitura pública ou fazer uma palestra.

Fred Smith, Patti Smith e seus filhos. Esse foi o último ensaio fotográfico em que Robert fotografou Patti.

Ao longo dos textos ela vai contando coisas muito divertidas, nostálgicas e tristes. Belamente tristes. Lindamente tristes. Por vezes uma mesma história de viagem, do passado com os filhos ou o marido pode ser dolorosamente triste e engraçada ao mesmo tempo.

Não é só um livro de memórias soltas. É um livro de fechamentos. Uma a uma das dezenas de historietas abertas, inclusive algumas de Só Garotos, vão sendo fechadas, dando a impressão de que Linha M fecha também uma fase na vida de Patti Smith.

Que coisa linda a relação dela com seus ídolos. Ela faz questão de visitar os túmulos dos artistas que admira e levar flores, limpar, fazer um pequeno ritual. Às vezes levando objetos que considera que seriam do agrado daquele homenageado, como por exemplo um caderninho e uma caneta para Sylvia Plath ou pedras de uma antiga prisão na Guiana Francesa para Jean Genet.

Sobre essa última, as pedras fazem parte do roteiro do primeiro texto. É tãaaao lindo!

No meu entendimento, Linha M funciona como um “tomo 2” de Só Garotos e uma transição para Devoção. Só Garotos é tão excelente que precisava ter o day after. Agora fiquei bem. Foi preenchido o buraco deixado pelo primeiro livro. Acredito que O Ano do Macaco seja o day after de Linha M.

Quando peguei Devoção para ler, e eu já sabia que era outra pegada, apesar de conter algumas memórias da autora também, vi que esse livrinho era uma escrita de uma mulher que pôs para fora em terapias e na escrita o que lhe trouxe até o ponto da vida em que está agora. É comovente, mas é mais objetivo. Devoção é a devolutiva. É um relato do processo criativo. Uma oficina de escrita criativa.

Explico. O editor francês de Patti organizou uma sequência de palestras que seriam dadas por ela sobre a escrita, isso coincidiu justamente com um período em que ela passava por um bloqueio criativo.

Em uma passagem bem no início do livro ela diz: “Meu caderno permanece intocado. Uma escritora que não escreve, preparando-se para ir falar com jornalistas sobre escrita. Que sabichona, eu me repreendo.” Então ela prepara a mala para a viagem, do mesmo jeitinho roteirizado que preparou todas as malas para as viagens feitas em Linha M: o básico de roupas e higiene, câmera fotográfica polaroide, caderno, caneta, às vezes algo que precisa ser levado como presente/oferenda para homenagens aos ídolos já falecidos e os livros. É muito legal ver que ela escolhe os livros para viajar exatamente como eu escolho, o livro tem sempre a ver com a viagem. Vide o texto sobre a HQ Berlim, de Jason Lutes.

E aí ela vai com dois livros que serão decisivos para o sucesso da empreitada: uma biografia sobre Simone Weil, escrita por Francine du Plessix Gray, e Un Pedrigree, de Patrick Modiano.

Ela vai comentando sobre coisas que captaram sua atenção naqueles dias como o trailer do filme Na ventania, competição de patinação artística, túmulos em um cemitério histórico, séries policiais (um vício que é muito presente em Linha M também). **  E, depois de uma jornada e tanto, ela embarca em um trem para um longo trecho de viagem e no trem ela escreve o conto Devoção.

O conto está na íntegra. Inclusive imagens do manuscrito são incluídas no final. E aí é que você percebe que esteve o tempo todo acompanhando o processo criativo em curso. Não vou dizer sobre o que é o conto, apenas leia esse livrinho e tire suas conclusões.

Coisas que aprendi com Patti Smith:

  1. É preciso persistência, uma dose de autoconfiança e trabalho duro para atingir um objetivo, ainda que esse objetivo não esteja tão claro nem para você.
  2. Seja sempre verdadeiro consigo e com os outros. Peça ajuda e saiba até mesmo desistir ou dar um tempo. Escolher os caminhos e as batalhas é fundamental. Tenha prioridades.
  3. Se cerque de pessoas que entendam ou pelo menos respeitem suas escolhas e seu caminho.
  4. Reconheça sua condição humana. Não queira ser uma pessoa mega-interessante o tempo todo. Veja seriados para mero entretenimento e leia livros que te deixem feliz. Não precisa ser cabeção o tempo todo. Mas tenha prazer com as coisas cabeçudas também.
  5. Viaje muito. Como e quando puder.
  6. Aprenda fazer malas para a viagem. Sua mala tem que te ajudar a viajar aproveitando o máximo e não ser um trambolho. Ah! Os livros são fundamentais.

Essa decisão pessoal de dar um tempo do site, está me doendo. Eu adoro, mas é o momento. Vem de um sentimento que começou há alguns meses. E essas obras da Patti só se somaram a um processo que teve a influência de outras obras. Mais recentemente de O Deserto dos Tártaros e Areia não é Sujeira. Também vem do curso de escrita criativa do Lourenço Mutarelli, foram meses que me ensinaram muito. Aliás, vi muitas semelhanças no processo criativo de Mutarelli e Smith.

Clarice Lispector e Virgínia Woolf e Lygia Fagundes Telles e Emily Brontë e Elena Ferrante estão intocadas entre minhas escritoras favoritas, mas no momento, Patti Smith ocupa o primeiro lugar no pódio. Talvez isso mude com o tempo.

Esses livros foram uma agulhinha de acupuntura naquele pontinho bem acertado.

Obrigada por tanto, Patti.

 

As coisas se movem devagar. Há um toco de lápis no meu bolso.
Qual a tarefa? Compor uma obra que comunique em vários níveis, como numa parábola, sem a marca da inteligência vulgar.
Qual o sonho? Escrever algo bom, que fosse melhor do que eu sou, e que justificasse minhas tribulações e indiscrições. Oferecer prova, por meio de palavras reordenadas, de que Deus existe.
Por que eu escrevo? Meu dedo, como uma caneta de ponta seca, retraça a pergunta no ar em branco. Um enigma conhecido, proposto desde a juventude, quando eu me afastava das brincadei-ras, dos companheiros e do vale do amor, cingida de palavras, um passo fora do grupo.
Por que escrevemos? Irrompe um coro.
Porque não podemos somente viver.”

Patti Smith. Devoção.

 

 

 

*Todos os livros, principalmente Só Garotos, são cheios de referências culturais e nomes famosos. Patti desde os tempos em que não era ainda famosa conheceu e conviveu com pessoas como Janis Joplin, William Burroughs, Jimmy Hendrix, Allen Ginsberg, Bob Dylan*** e tantos outros. Em especial nos tempos do Chelsea.

**Patti Smith participou do episódio 7 da 10ª temporada de Law and Order, chamado Icarus.

*** Patti Smith se apresentou e recebeu o Nobel e Literatura em nome de Bob Dylan que não compareceu à cerimônia de premiação. A apresentação dela, para ela própria, não foi perfeita. Eu acho que aqueles lapsos e a reação dela na sequência são a coisa mais linda que ela podia ter cometido. Linda demais. 

SMITH, Patti. Só Garotos. Tradução: Alexandre Barbosa de Souza. São Paulo: Companhia das Letras/TAG, 2018.

SMITH, Patti. Linha M.Tradução: Claudio Carina. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

SMITH, Patti. Devoção. Tradução: Caetano W. Galindo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.