Em busca do Tempo Perdido

“E logo que reconheci o gosto do pedaço da madeleine mergulhado no chá que me dava minha tia (embora não soubesse ainda e devesse deixar para bem mais tarde a descoberta de por que essa lembrança me fazia tão feliz),logo a velha casa cinzenta que dava para a rua, onde estava o quarto dela, veio como um cenário de teatro se colar ao pequeno pavilhão, que dava para o jardim, construído pela família nos fundos (o lanço truncado que era o único que recordara até então); e com a casa, a cidade, da manhã à noite e em todos os tempos, a praça para onde me mandavam antes do almoço, as ruas aonde eu ia correr, os caminhos por onde se passeava quando fazia bom tempo. E como nesse jogo em que os japoneses se divertem mergulhando numa bacia de porcelana cheia de água pequeninos pedaços de papel até então indistintos que, mal são mergulhados, se estiram, se contorcem, se colorem, se diferenciam, tornando-se flores, casas, pessoas consistentes e reconhecíveis, assim agora todas as flores do nosso jardim e as do parque do sr. Swann, e as ninfeias do Vivonne, e a boa gente da aldeia e suas pequenas residências, e a igreja, e toda Combray e suas redondezas, tudo isso que toma forma e solidez, saiu, cidade e jardins, de minha xícara de chá.”

 

PROUST, Marcel. Em Busca do Tempo Perdido: No Caminho de Swann.

 

Marcel Proust demorou quatorze anos (1808 a 1822) para terminar sua única obra chamada “Em Busca do Tempo Perdido”. Essa colossal peça de ficção misturada a memórias (ou seriam memórias com um pouco de ficção?) é composta de sete volumes: No Caminho de Swann; À Sombra das Moças em Flor; O Caminho de Guermantes; Sodoma e Gomorra; A Prisioneira; A Fugitiva; O Tempo Recuperado.

Estou lendo a edição da Nova Fronteira, que foi toda traduzida por Fernando Py e tem no total 2472 páginas. É um livro grande não só em número de páginas como em altura e largura (25 por 16 cm).

Por que essa edição? 1º porque é um box que juntou os sete volumes em três encadernações, logo não precisou comprar um por um. 2º porque tem no kindle, o que me poupa de carregar muito peso por aí (a coluna agradece). 3º porque foi todo traduzido por uma única pessoa, a edição da editora Biblioteca Azul teve quatro tradutores diferentes.

Em compensação, a versão da Biblioteca azul deve ter um projeto editorial mais agradável de ler, pois manteve a encadernação em sete volumes com o total de 3941 páginas. Logo, imagino eu, as páginas devem ter a letra com uma fonte maior, mais espaço entre as linhas e tals.

Nem preciso dizer que esse é um livro para a categoria calhamaços. Vai ser um por um ao longo de sei lá quanto tempo. Vai demorar para concluir. Primeiro porque é grande e segundo porque é para ler com calma, voltando para reler partes quando a gente se perde em devaneios. Tem sido uma leitura com uma experiência multissensorial e única.

Como assim multissensorial? Em muitos momentos minha mente saiu do livro para lembrar coisas como o doce que eu comia na casa da minha madrinha, o quintal da minha avó, a dor do machucado de uma queda de bicicleta. Aí a pessoa se desprende do plano corpóreo e, quando retorna, tem que voltar uns parágrafos para assimilar o que acabou de ler mecanicamente.

Vale cada minuto. Para mim foi uma experiência de leitura muito nostálgica e agradável.

Preambulo preambulado, passemos ao enredo de No Caminho de Swann.

Nesse primeiro volume de Em busca do tempo perdido, Marcel Proust fala de sua infância, mais ou menos dos 4 aos 10 anos. Começa com a dependência do beijo de fim de noite que a mãe lhe dava e vai até o primeiro amor.

É das prosas mais poéticas, sensíveis e bem escritas que já li. Vai competir com Cem anos de Solidão, O Som e a Fúria e Lolita? Ainda não. Vamos aguardar mais algumas centenas de páginas.

É um livro que foi escrito e para ser lido sem pressa. Durante a leitura, por vezes podemos ter a sensação de que ele está gastando demasiado tempo com uma cena, seja em descrições de jardins ou pormenores das conversas, entretanto, não desanime, tudo tem uma razão de ser, às vezes o texto é construído para dar a impressão da passagem do tempo real.  Depois de mergulhar profundamente o leitor naquele caldo intimista, vem um arremate inesperado e recompensador para cada capítulo.

São três capítulos: Combray; Um Amor de Swann; Nomes de Lugares: O Nome.

No primeiro seremos apresentados ao pequeno Marcel. Na verdade, o nome do narrador nunca aparece, mas como o livro é baseado na vida do autor e o autor se chama Marcel, chamaremos ele de Marcel.

É um menino doce, criado na alta sociedade parisiense. A família tinha excesso de formalidades, aparência a zelar e regras duras (sem sentido) para lidar com as necessidades da criança.

Combray/FR

Por exemplo, quando recebiam convidados para jantar, o filho deveria ir para a cama levado pela criada ao invés da mãe, que não se ausentaria do salão nem mesmo para dar-lhe um beijo de boa noite.

Foi por causa dessa falta que lhe fazia o beijo da mãe antes de dormir que Marcel começou a odiar Swann.

Swann é um dos personagens principais. Inicialmente ele é quase um vilão, porque visita muito a família do narrador à noite e obriga o menino a ir dormir sem se despedir da mãe a contento. Nesse início vamos saber que Charles Swann é filho de outro Senhor Swann que pertencia à alta sociedade parisiense e deixou muito dinheiro a seu herdeiro. Por amizade ao pai, as portas dos abastados não se fecharam para o filho quando ele se casou com uma mulher que teria sido uma cortesã.

Todo mundo recebia Swann, mas nunca a esposa. Aliás faziam de conta que ele não era casado. Odette era como Voldemort, simplesmente não se falava sobre ela na presença de Swann, só pelas costas.

Na segunda parte, o narrador vai explicar como Swann conheceu Odette. A história deles é bastante interessante, por vários aspectos. Aqui, basta informar que ele passou muito tempo sem saber que ela era uma era uma cortesã, nem desconfiava. Não é spoiler, o leitor fica sabendo disso bem antes de Swann.

E a terceira é a parte em que o pequeno Marcel conhece e se apaixona (amor infantil, bem pueril mesmo, lindinho) por uma linda menininha que brincava com ele em um jardim da avenida Champs Elysees.

Nesse texto, para as nossas usuais correspondências, vamos tratar das sensações e de como elas são importantes na obra. A começar pelo sentido do paladar. Talvez a passagem mais famosa de “No Caminho de Swann” seja a que o narrador come Madeleines com chá pela primeira vez. Ele já tinha comido madeleines, mas chá não era um hábito e ao misturar os gostos da comida com aquela bebida específica ele foi transportado para um outro mundo. Para uma sensação extasiante de gosto, paladar, deleite. E depois daquela experiência Marcel vai tomar chá diversas outras vezes, com madeleines ou outra comida ou simplesmente puro, mas não produzirá sobre ele aquele efeito inebriante novamente.

Quando eu era criança ia muito á casa de meus tios e amava. Lembro-me de que amava mesmo a casa de todos eles. Uma das casas que mais me impressionava era a do Tio Chiquinho e Tia Mercedes. A casa deles era muito diferente das casas das outras pessoas da família e em grande parte pela mão dela. Ela pintava, lindamente, e as paredes eram forradas de quadros lindos, paisagens, santos, frutas, casas, lindo demais. Era um museu. Talvez venha daí minha paixão por museus de arte. Será?

Outra coisa eram as comidinhas. Como me lembro do cheiro da casa e do cheiro das comidinhas, tudo muito agradável. Até hoje alguns cheiros e gostos me transportam para lá. E tinha carpete, coisa que na minha casa não tinha. Era um chão que não fazia barulho, fofinho. Enfim, era um lugar onde me sentia muito acolhida e tranquila. Uma casa que, como No Caminho de Swann, tinha essas particularidades multissensoriais perfeitamente combinadas.

É claro que outros cheiros e sabores remetem-me a várias outras situações em família ou com amigos. Várias mesmo! Mas essa casa, que não frequento há anos, ficou muito marcada na minha memória olfativa, visual, tátil e gustativa.

Aí, voltando ao campo das artes, quando li essa passagem das madeleines entendi que o final da animação Ratatuille, quando Anton Ego experimenta a comida simples preparada caprichosamente pelo “mini-chefe” e aquele sabor infunde pelo cérebro do crítico gastronômico transportando-o imediatamente para sua casa no interior da França quando era criança, era uma referência a Marcel Proust.

Ratatuille é o nome de um prato francês tradicionalíssimo, que pode ser preparado de várias formas, mas que se caracteriza pela presença de dois ingredientes básicos: abobrinha e berinjela. Pode ser cozido, assado, refogado, gratinado com queijo, ás vezes  tem molho de tomate, às vezes tem tomate picado… e por aí vai. É um acompanhamento simples e delicioso.

No filme, que leva o nome do prato, um rato que tem o dom de reconhecer e combinar alimentos criando receitas incríveis sai do campo para a cidade de Paris e começa a ajudar um cozinheiro de bom coração, porém charlatão, a se firmar como grande chefe de cozinha. Um crítico de gastronomia, daqueles que sempre falam mal do restaurante, encafifa com esse novo chefe-estrela e vai comer lá decidido a destruir a reputação do cozinheiro.

Acontece que a genialidade do rato, vai dobrar o ranzinza, ao oferecer a ele “uma nova perspectiva” sobre cozinha e cozinheiros servindo o tal ratatuille.

A cena do Ego voltando a sua casa e á comidinha da mãe é linda. Sempre lembrei das comidinhas da minha família quando via esse desenho e foi impossível não associar ás madeleines com chá.

Ainda no quesito comidas e lembranças, quero informar que sou uma cidadã brasileira do estado de Minas Gerais. Isso deveria ser auto-explicativo em termos de comilança deliciosa e farta.

Por exemplo, o natal na minha terra tem o superalmoço do dia 24 de dezembro, a superjanta do mesmo dia e o superalmoço do dia seguinte. Nessa época, em tempos não pandêmicos, também rola a peregrinação na casa dos tios (os meus e os do marido). É simplesmente impossível sair de uma casa mineira sem comer horrores. Além da excelência das comidas, outro motivo, talvez o principal, é compartilhado por Marcel Proust no trecho em que ele fala sobre o comedor considerado educado e sobre aquele que come apenas o necessário, num evento desses:

“Aquele que recusasse prová-lo, dizendo: ‘Terminei, não tenho mais fome’, seria imediatamente rebaixado à categoria desses indivíduos grosseiros que, mesmo diante do presente que um artista lhe faz de uma obra sua, só veem o peso e o material, quando o que vale é a intenção e a assinatura. Mesmo deixar no prato uma só gota que fosse seria testemunho de igual impolidez como erguer-se antes do fim da audição na cara do compositor.”

É isso. Tenho dito. Essa regra vale para qualquer cafezim de terça-feira a tarde na casa de um mineiro raiz.

Mudando para o sentido da visão, o pequeno Proust tinha uma percepção sobre viagens que é exatamente a minha e que deve ser como a de muitas pessoas que gostam de história, arte e arquitetura.

Minha linda irmã é uma dessas pessoas que quando marca de viajar, compra um livro cuja história se passe naquele lugar. Eu costumo fazer playlists de músicas locais para ficar ouvindo durante a viagem, carregar um livro que no meu imaginário ampliará a conexão com o lugar e estudar sobre os pontos turísticos. E ainda fico mostrando sites e imagens para minha filha saber o que a espera, criar expectativa. Essa preparação costuma ser tão prazeirosa quanto a viagem em si.

Alguns lugares tiveram sobre mim a função de uma máquina do tempo, dando noção de como era o mundo em determinada época.

Minha formação acadêmica é História. E desde a primeira vez que tive contato com a disciplina História lá na escola, que sou apaixonada pelo tema. Logo, sendo área de interesse e sendo essa pessoa que vos escreve dotada de imaginação despregadora do solo, sempre criei imagens mentais, em pormenores, do que lia nos livros ou ouvia nas aulas.

Proust escreve que sua família era muito ligada a livros, em especial a avó que gostava de livros antigos e memorabilia, sempre privilegiando objetos com história a objetos novos, ainda que os novos estivessem em melhor condição de cumprir sua função prática. Para ela, as coisas tinham que representar algo para além de sua materialidade, ter história.

Sob a influência desta avó, Marcel ganhou livros de viagem ou de ficção que se passavam em outros países europeus e ficava imaginando como eles seriam. Ele fala muito de como sua imaginação criou Florença e Veneza e de como essas cidades eram na realidade, quando as visitou anos depois.

“Se, quando eu lia um livro, meus pais me houvessem permitido ir visitar a região nele descrita, julgaria ter dado um passo inestimável para a conquista da verdade.”

Entre os pontos turísticos que fiz questão de visitar nas oportunidades que tive, destaco alguns que tiveram esse efeito de “meu Deus, entendi tudo”, como a pílula do conhecimento do filme Matrix. Foi mais ou menos assim:

Casa dos Contos. Ouro Preto/MG.

Ah! Estamos estudando sistema escravagista no Brasil Colônia na escola. Cruel e desumano. Jamais deveria ter sido sequer aventada a possibilidade de explorar outra pessoa dessa maneira. Então, em um fim de semana fui com minha família passear em Ouro Preto.

Ali, a adolescente do ensino fundamental entrou, pela primeira vez, na Casa dos Contos. Visitou as instalações sanitárias, que eram nada mais que um banco de madeira com buracos. Do outro lado dos buracos, havia um cômodo, que era o destino final dos dejetos. Esse Cômodo era a senzala, local onde os humanos escravizados dormiam.

Ouvir as histórias no local em que as histórias ocorreram me fez sair absolutamente chocada com a maldade humana. Muito além do efeito que o livro didático pode produzir.

Humm! Então, em 1789, franceses destruíram a Bastilha libertando os presos políticos e depois decapitaram os aristocratas, incluindo o rei e a rainha. A população estava passando necessidade e tinha raiva. Todo ser humano suporta injustiças até aquele ponto de inflexão no qual diz chega, agora já deu. Sem dúvida a situação da desigualdade social francesa, tanto em termos econômicos quanto democráticos, era extrema. Isso estava bem compreendido.

Aí a adulta, formada em História, pisa no Château e olha da sacada para os jardins de Versailles e é como um murro na cara. Como pode tanto luxo conviver com a fome sem que haja revolta?

Versailles/FR

Pensando na cidade natal de Marcel Proust, o mesmo aconteceu com o Louvre que eu imaginava muito, mas muito menor, aliás aconteceu com Paris inteira (e aí dá p entender Os Miseráveis de Victor Hugo também, mas fica para outra conversa). Não há foto que faça jus à grandiloquência das ruas parisienses.

Um outro ponto turístico que também foi uma cusparada na cara e que resolvi incluir aqui de última hora por conta da polêmica da semana, foi Auschwitz, na Polônia. Pela distância,  não era para estar na rota da viagem, mas fizemos questão de visitar. Foi um fim de semana, avião low cost, hospedagem baratinha. Valeu cada perrengue por não entender uma vírgula em polonês.

Não se entra no complexo Auschwitz/Birkenau andando soltinho. As visitas são guiadas. De cara a guia falou: “Vocês estão entrando em um lugar onde milhares de pessoas sofreram muito. Dentro deste grupo de visitantes podem haver pessoas que perderam suas famílias inteiras nesse lugar. Portanto, não façam piadas, não deem risadinhas, não tirem fotografias desrespeitosas. Lugares como este têm que ser preservados e visitados para que o que ocorreu aqui nunca se repita.”

Esse foi o único passeio turístico da minha vida em que eu tive vontade de chorar ao cruzar o portão de entrada e esse sentimento de agonia só passou muitas horas depois de ter saído de lá.

Auschwitz. Campo de concentração nazista. Polônia.

Auschwitz era a parte de concentração e Birkenau a de extermínio. Não que não tenham havido assassinatos no campo de concentração, pois foram milhares, mas passar para o campo de extermínio acabava com qualquer esperança de resgate. Era o decreto do fim. Vale dizer que trens carregados de pessoas chegavam direto a Birkenau, sem passar por Auschwitz, bastava ser considerado mais fraco ou apenas que o primeiro complexo estivesse cheio.

As câmaras de gás, bem como outras estruturas mais incriminadoras, foram destruídas pelos funcionários quando ficou claro que era questão de horas para a chegada dos aliados. As câmaras foram reconstruídas à cópia exata das originais, para que todos os recintos e suas respectivas funções ficassem representados.

Uma coisa que chamou a atenção tanto na França quanto na Polônia foi a presença de estudantes orientais, sobretudo coreanos, em excursões de colégio. Pela idade deles, acredito que a maior parte dos grupos fosse de estudantes do ensino médio, entre quinze e dezoito anos. Todos uniformizados, produzindo desenhos, fotografando. Visitando o local em que a História aconteceu, provavelmente no ano em que teriam as lições escolares sobre aqueles temas. Fiquei com inveja. A adolescente que eu fui adoraria ter aquele tipo de experiência. Assim como o Marcel Proust criança queria ter visto de perto os lugares descritos nos livros, para ter o alcance da “verdade”.

Birkenau. Campo de extermínio. Polônia.

Nesse ponto, gostaria de advogar em favor do finado programa de governo Ciência sem Fronteiras (CsF), criado em 2011, que permitiu a estudantes brasileiros realizar intercâmbio e estudar em outros países. Claro que todo programa pode e deve ser aperfeiçoado para garantir o cumprimento de seu propósito.

Quando fiz graduação e depois o mestrado, essa não era uma possibilidade, não gozei desse privilégio. Acredito que pesquisas acadêmicas, bem como qualquer ser humano podem ser largamente beneficiados pela ampliação dos limites territoriais, linguísticos, culturais e o contato com outros métodos. Vale uns anos de amadurecimento.

As informações que encontrei em uma rápida pesquisa, dão conta de que o último edital do CsF para alunos de graduação foi aberto em 2014 e que essa modalidade de bolsa foi definitivamente encerrada em 2017. O governo manteve vagas para pós-graduação até 2018, quando acabou de vez, embora o site do MEC mantenha a página do CsF, como se ele ainda existisse.

As questões de preparo prévio dos candidatos, seleção, avaliação dos resultados e continuidade das pesquisas, enfim, a aferição dos benefícios recebeu muitas críticas, que me parecem fundamentadas. Então, por que não aprimorar? Por que enterrar o que pode descortinar o mundo para a pesquisa do país sem tentar ajustar as velas? O CsF sepultado está, oremos pela ressurreição em uma versão 2.0.

Toda a experiência sensorial tem potencial para criar uma memória engrandecedora. Portanto, tendo a oportunidade: comam, viajem, bebam, sintam os aromas, vejam o mundo a sua volta e… leiam No Caminho de Swann.

PROUST, Marcel. Em Busca do Tempo Perdido: No Caminho de Swann. Tradução: PY, Fernando. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

BIRD, Brad. Ratatouille. EUA: Pixar Animation & Walt Disney Pictures, 2007.