Em quatro de maio deste ano, a Folha de São Paulo publicou uma lista com 200 livros essenciais para conhecer o Brasil. Duzentos livros para celebrar os duzentos anos da nossa independência de Portugal.

Independente do sentido que essa data tenha adquirido nos últimos tempos, é um marco e tanto!

Clicando aqui, você será direcionado para a lista completa.

Essa postagem é como se fosse uma tag da lista oficial. Vou citar os que já li, comentar os que achar que precisa de alguma explicação (digo isso porque a maioria é auto-explicativo) e classificar com estrelas sendo o máximo cinco estrelas e o mínimo uma.

Bora lá!

Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus

Aparece em primeiro lugar na lista da Folha. Merecidíssimo. Fantástico. Leitura Obrigatória.

Já conversamos sobre ele aqui.

 

Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa

Maravilhoso! Sensacional! Perfeito!

Comentamos esse livro aqui.

 

 

Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda

É um livro muito importante sem dúvida. Fundamental para quem pretende entender o Brasil. Ficou com quatro estrelas porque no meu entendimento não reflete totalmente o brasileiro. Interpretações mais modernas dão outras perspectivas.

Casa grande e senzala, de Gilberto Freyre

É um livro muito importante sem dúvida. Fundamental para quem pretende entender o Brasil. Ficou com quatro estrelas porque no meu entendimento não reflete totalmente o brasileiro. Interpretações mais modernas dão outras perspectivas.

Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

Maravilhoso! Sensacional! Perfeito!

Comentamos esse livro aqui.

 

 

Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves

É são três estrelas. Pode reclamar (ou concordar). É um livro importante para entender o Brasil? Sem dúvida! Merece estar nessa lista? Sem dúvida! É delicinha de ler? Até a página 700 mais ou menos, mesmo assim com ressalvas. as últimas 300 páginas poderiam ser enxugadas a 100.

E as ressalvas? A minha experiência de leitura me mostrou um esforço colossal de pesquisa e isso é muito louvável. É a graça do livro e é o que o faz fundamental para entender o Brasil. Nessa obra, temos abordado o universo dos escravizados africanos ou nascidos no Brasil da perspectiva do escravo. Impressionante a riqueza de detalhes sobre o cotidiano daquelas pessoas, seus rituais e cultura em geral. Mas… A história da personagem principal tem uns momentos exagerados, que ainda bem não são a maior parte. E sobre as últimas 300 páginas, no meu entendimento, a autora não conseguiu costurar os aspectos de época com a trama da aventura de Luiza Mahin/ Kehinde. Aí eu terminei de ler na raça porque sabia que ia ter informação histórica/ antropológica interessante e também porque já tinha lido 700 páginas. Era muito tarde para desistir.

Macunaíma, de Mário de Andrade

Vidas secas, de Graciliano Ramos

 

Meu nacional favorito! Maravilhoso! Sensacional! Perfeito!

Comentamos esse livro aqui.

 

O Povo Brasileiro, Darcy Ribeiro

Os Donos do Poder, Raymundo Faoro

Triste Fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto

 

Maravilhoso! Sensacional! Perfeito!

Coleção Ditadura (volumes 1, 2 e 3), Elio Gaspari

São cinco livros na coleção, mas eu só li os três primeiros.

Formação do Brasil Contemporâneo, Caio Prado Jr.

Formação Econômica do Brasil, Celso Furtado

A Hora da Estrela , Clarice Lispector

Olhos D’Água, Conceição Evaristo

Torto Arado, Itamar Vieira Jr.

Torto Arado

Maravilhoso! Perfeito!

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Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a República que Não Foi, José Murilo de Carvalho

Capitães da Areia, Jorge Amado

Maravilhoso! Perfeito!

Comentamos sobre ele aqui.

A Carta de Pero Vaz de Caminha

Dois Irmãos, Milton Hatoum

A Elite do Atraso, Jessé Souza

A Elite do Atraso

Tendo a concordar com o argumento central: estamos olhando para os casos de corrupção errados. Não que a corrupção política seja boa. Não entendam mal, é execrável. Mas tem treta maior. Segundo Jessé temos que melhorar as lentes com as quais olhamos para o mercado financeiro, os bancos e etc.

Por que três estrelas? Achei que faltaram dados e ele fala sobre os pensadores da USP de um jeito que não concordo, especialmente sobre Sérgio Buarque de Holanda.

 

Iracema, José de Alencar

Romanceiro da Inconfidência, Cecília Meireles

1968: O Ano que Não Terminou, Zuenir Ventura

O Auto da Compadecida, Ariano Suassuna

Crônica da Casa Assassinada, Lúcio Cardoso

Esaú e Jacó, Machado de Assis

Feliz ano novo, Rubem Fonseca

Um soco no estômago!

Comentamos sobre ele aqui.

 

 

Marília de Dirceu, Tomás Antônio Gonzaga

A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água, Jorge Amado

Pequeno Manual Antirracista, Djamila Ribeiro

Reinações de Narizinho, Monteiro Lobato

Visão do Paraíso, Sérgio Buarque de Holanda

 

De duzentos foram 36. Tá ruim, mas tá bom. Vi na lista alguns que tenho aqui em casa e ainda não li, outros que estão na minha lista de prioridades e outros que não tenho certeza se li ou não, aí, pelo sim, pelo não, considerei não lidos. Muitos dessa lista precisam e merecem releitura. Qualquer dia desses, releio.